Candidato à presidência da República pelo PDT em 2018, Ciro Gomes saiu em defesa do presidente do partido, Carlos Lupi, nesta sexta-feira (28/5). Ontem, foi publicado um vídeo com o líder da sigla defendendo o voto impresso. Eles ressaltam que existe diferença em relação ao apelo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Desde o surgimento da urna eletrônica, nossa referência, Leonel de Moura Brizola, já defendia uma coisa simples de se fazer: a impressão do voto. Para que possa apertar lá o número do seu candidato, seu papelzinho cair numa urna transparente e ficar ali guardado. Quando tiver uma desconfiança ou uma votação muito diferente de locais, você pode conferir esse voto”, diz Lupi na gravação.
“Nós, do PDT, através do nosso líder Leonel Brizola, fomos os primeiros a falar isso. E temos coragem de dizer a todo o povo brasileiro: sem a impressão do voto não há possibilidade de recontagem. Sem recontagem, a fraude impera.”
Ciro Gomes publicou uma série de tuítes justificando a fala de Lupi. “Para ficar bem claro: o que Lupi defendeu, teoricamente, em uma entrevista, não foi a substituição do voto eletrônico por voto em papel. Mas o aperfeiçoamento da urna eletrônica, tornando-a capaz de gerar um canhoto impresso”, escreveu o político.
Ele ainda criticou a associação com a defesa de Bolsonaro, que prevê a extinção da urna eletrônica no processo eleitoral. “Por que esta espécie de rendição, de covardia e fatalismo absurdo que fazem considerar Bolsonaro 'dono' de qualquer ideia da qual sua turma se apropria?", questionou.
É este tipo de pensamento derrotista que está fazendo Bolsonaro, entre outras coisas, se apropriar de símbolos pátrios - como nossa bandeira, nossas cores nacionais - e muitos aceitarem passivamente este sequestro. Defender o voto eletrônico com cópia impressa, nos moldes propostos por Lupi, é ser contra Bolsonaro e não a seu favor. Se implantado, mataria, por antecipação, sua tentativa de sabotar os resultados do pleito de 2022”, completou.