A Polícia Militar de Goiás prendeu, nesta segunda-feira (31/5), o secretário estadual de movimentos populares do Partido dos Trabalhadores (PT), Arquidones Bittes, por se recusar a retirar do próprio carro um adesivo de oposição ao presidente da República, Jair Bolsonaro, chamando-o de "genocida".
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O policial que deu voz de prisão a Arquidones alegou que houve infração ao artigo 26 da Lei de Segurança Nacional, que prevê pena de um a quatro anos de reclusão pelo crime de calúnia ou difamação do Presidente da República, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal. O militar ainda alegou que houve desacato.
Arquidones está acompanhado de advogado e da presidente regional do PT, Kátia Maria. Em vídeo divulgado perfil nacional PT no Twitter, Kátia conta que a PM tentou fazer o registro da denúncia em Trindade, mas o caso foi remanejado para a PF.
“Estamos indignados, mas acompanhando de perto para que a justiça seja feita e a gente possa garantir as liberdades democráticas para que o Brasil volte a ter uma democracia pujante, onde as pessoas possam manifestar a sua opinião”, disse Kátia, afirmando que Arquidones foi, “forma autoritária, perseguido por esse governo”.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, postou nas redes sociais um vídeo, mostrando o momento em que Arquidones se recusa a tirar o adesivo do carro e é enquadrado pelo policial.