A médica Nise Yamaguchi citou um estudo que não gerou resultados positivos sobre o uso da cloroquina no tratamento da COVID-19 durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado, realizada nesta terça-feira (1º/6).
A oncologista usou a pesquisa da Fundação Henry Ford para embasar su recomendação pelo uso da cloroquina.
A oncologista usou a pesquisa da Fundação Henry Ford para embasar su recomendação pelo uso da cloroquina.
Após a médica citar o estudo, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), a corrigiu.
"A senhora sabe que esse estudo foi descontinuado porque não gerou os resultados que a senhora está dizendo?"
"Essa informação eu não tinha", respondeu Nise.
Em novembro do ano passado, pesquisadores do Sistema de Saúde Henry Ford, de Detroit, optaram por paralisar os estudos clínicos sobre a eficácia da hidroxicloroquina realizados desde abril.
A pesquisa foi a primeira no segmento que tentava comprovar se o medicamento poderia ser usado no tratamento para pacientes com coronavírus, como defendeu o ex-presidente norte-americano Donald Trump, assim como ainda defende o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O motivo do fim dos estudos com o medicamento seria o direcionamento dos esforços em busca pelo desenvolvimento das vacinas contra COVID.
Entenda
Médica oncologista e imunologista, Nise Yamaguchi depõe nesta terça-feira (1º/6) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, instalada pelo Senado.
Defensora da cloroquina, medicamento com ineficácia comprovada contra o coronavírus, ela é a 11ª depoente na CPI da COVID e, diferentemente dos demais, fala na condição de convidada.
Defensora da cloroquina, medicamento com ineficácia comprovada contra o coronavírus, ela é a 11ª depoente na CPI da COVID e, diferentemente dos demais, fala na condição de convidada.
Yamaguchi é suspeita de integrar um suposto 'gabinete paralelo' do governo federal, com aconselhamentos a respeito do combate à pandemia de COVID-19. Ela também é favorável ao 'tratamento precoce' ao coronavírus, defendido ppelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a partir de medicamentos pré-selecionados, método também sem eficácia atestada pela comunidade científica.