Jornal Estado de Minas

ESTRATÉGIA

Queiroga recorre ao 'Zé Gotinha' para difundir uso de máscara no governo

Para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a utilização massiva de máscaras para conter a COVID-19 não vai emplacar por meios legais. Ele crê que o convencimento pode difundir o costume, inclusive entre integrantes do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), que se notabilizou por ignorar a proteção em grande parte da pandemia.



O médico, que chegou à Esplanada dos Ministérios em meados de março, disse, nesta sexta-feira (4/6), que tem buscado formas de disseminar a cultura das máscaras no poder Executivo federal.

“Tínhamos um Zé Gotinha. Hoje, temos um Zé Gotinha de máscara e uma família de ‘Zé Gotinhas’ de máscaras em toda a Esplanada dos Ministérios. Isso não vai ser resolvido na base da lei. Isso vai ser resolvido na base do convencimento”, falou, em entrevista ao programa CB.Poder, do Correio Braziliense.

O Zé Gotinha foi, por muitos anos, utilizado pelo poder Executivo federal como ‘garoto-propaganda’ das campanhas de imunização.



As aglomerações recentes de Bolsonaro têm gerado reações de outras autoridades. Na terça (1), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias ao presidente para explicar porque tem ignorado recorrentemente a necessidade de utilizar máscaras. O magistrado é relator de ação do PSDB sobre o tema. A ação que está no Supremo cita caso ocorrido em Maceió (AL), em maio.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), multou o presidente por ignorar lei estadual que obriga a utilização de máscaras. Ele também passou desprotegido por Açailândia, município do interior maranhense, onde também houve aglomeração.

Ao Correio, Marcelo Queiroga recorreu a um famoso ditado nacional para assegurar a continuidade do trabalho à frente da pasta.

“Como bom brasileiro — e brasileiro não desiste nunca —, não vou desistir nunca do que tenho que fazer à frente do ministério. Tenho que ter foco, paciência, resiliência, mas, sobretudo, a confiança do povo brasileiro. E é isso que tenho buscado fazer”.




Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.





  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

Em casos graves, as vítimas apresentam

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.





 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

audima