Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Kalil critica 'radicalismo' de Bolsonaro e diz que Lula está 'cansado'

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) carrega consigo altas doses de radicalismo. Em entrevista à revista “piauí”, Kalil externou decepção com o chefe do Executivo federal e relembrou o apoio dado a Ciro Gomes (PDT) na última corrida ao Palácio do Planalto. O petista Luiz Inácio Lula da Silva também foi citado.



“Ele foi para mim uma grande decepção. Não acreditava que cabia no mundo de hoje um radicalismo tão grande”, disse, sobre Bolsonaro. As declarações compõem o perfil do prefeito construído pela revista para a sua edição de junho.

“Fiz campanha e votei no Ciro porque acredito que ele seja um homem muito preparado. Costumo brincar que o Ciro com Lexotan seria uma maravilha”, afirmou, em menção a um famoso calmante.

Pedetistas e Kalil têm estreitado os laços. Em fevereiro, o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, esteve em BH. Na ocasião, afirmou ao prefeito que é entusiasta de uma possível candidatura do ex-presidente do Atlético ao governo mineiro. O PDT compôs o amplo leque partidário que apoiou a reeleição do chefe do poder Executivo municipal.

Ao falar do ex-presidente Lula, Kalil não tergiversou. “Quando ele foi eleito, eu esperava radicalismo. E não veio. Lula fez um governo de centro. Até por isso, acreditei que o Bolsonaro também não seria radical. Hoje acho que o Lula está sofrido, está cansado. Ele é um homem encantador, muito carismático. Eu o conheci num jantar em casa de amigos”.

audima