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Estado de Minas CPI DA COVID

Bolsonaro recusou vacina da Pfizer em 2020 por metade do preço

E-mails trocados entre a Pfizer e governo Bolsonaro mostram que a vacina foi oferecida pela metade do preço ofertado para EUA, Reino Unido e União Europeia


07/06/2021 07:51 - atualizado 07/06/2021 10:37

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Governo Bolsonaro rejeitou vacinas da Pfizer por metade do preço(foto: SÉRGIO LIMA/AFP)
Governo Bolsonaro rejeitou vacinas da Pfizer por metade do preço (foto: SÉRGIO LIMA/AFP)


Mais uma informação apurada pela Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID  -  que esta semana deverá ouvir pela segunda vez o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga – tem o efeito de cair como uma bomba sobre o Palácio do Planalto.

A Folha de S. Paulo publicou reportagem nesta segunda-feira (07/06), com base em e-mails trocados entre representantes da gigante da indústria farmacêutica, a Pfizer, e o governo Bolsonaro, que atestam que o mandatário recusou vacinas no ano passado pela metade do preço pago por Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.

Em depoimento à CPI, o general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello reiterou que considerou caras, em agosto de 2020, a proposta de entrega a partir de dezembro do ano passado de até 70 milhões de doses da Pfizer, a US$ 10 cada.  

53 e-mails

Documentos divulgados pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da COVID, mostram que a gestão Jair Bolsonaro deixou de responder 53 e-mails da farmacêutica Pfizer enviados para pedir um posicionamento sobre a compra de vacinas.

TCU

Eduardo Pazuello chegou alegar que o governo não aceitou a oferta em função do Tribunal de Conta da União (TCU), que, por meio de nota, desmentiu o ex-ministro.

A primeira ida de Pazuello à CPI foi marcada por tantos relatos contraditórios, que ele foi convocado para um segundo depoimento.

Ainda, assim, após o segundo depoimento de Pazuello, o presidente da CPI, senador Omar Aziz  (PSD) declarou considerar a realização de uma acareação  entre o ex-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo federal Fabio Wajngarten, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e um representante da Pfizer.

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