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Estado de Minas PUBLICAÇÃO BRITÂNICA

Planalto usa tradução errada para atacar revista 'The Economist'

Secretaria de Comunicação da Presidência da República acusou a revista britânica de 'defender a morte de Jair Bolsonaro'


07/06/2021 14:29 - atualizado 07/06/2021 15:10

Como em outras vezes que se referiu ao país, a revista traz na capa uma ilustração do Cristo Redentor, desta vez respirando com uma máscara de oxigênio(foto: The Economist/Reprodução)
Como em outras vezes que se referiu ao país, a revista traz na capa uma ilustração do Cristo Redentor, desta vez respirando com uma máscara de oxigênio (foto: The Economist/Reprodução)
Ao contestar a reportagem "A década sombria do Brasil publicada pela revista inglesa The Economist , que trata sobre a pandemia no Brasil, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) acabou fazendo uma tradução errada do texto e acusou a revista de “defender a morte de Jair Bolsonaro”.
 
No texto original, a Economist diz que “a prioridade brasileira mais urgente é tirar Bolsonaro do poder pelo voto”.  “To vote him out”, em inglês.

A Secom acabou traduzindo “vote him out” como “eliminá-lo”.

“'A prioridade mais urgente é eliminá-lo', afirmam. Vejam bem: não falam apenas em vencer nas urnas, superar, destituir. Falam em eliminar. Estaria o artigo fazendo uma assustadora apologia ao homicídio do presidente?”, escreveu a Secom no Twitter.


Em seguida, o Planalto acusa a revista de “atacar o Presidente da República” e de querer “influenciar os rumos políticos do Brasil”.

A Secom ainda disse que o texto publicado pela The Economist é "insano" e não tem "ética".

Como em outras vezes que se referiu ao país, a revista traz na capa uma nova ilustração do Cristo Redentor, desta vez respirando com uma máscara de oxigênio.

A reportagem especial "A década sombria do Brasil" descreve o presidente brasileiro como um homem que quer "destruir as instituições, não reformá-las", acusa Bolsonaro de  "esmagar todas as tentativas" de uma exploração sustentável da Amazônia e revela serem "falsos" todos os votos favoráveis à renovação política.
 
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz. 


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