O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, entregou seu celular à Polícia Federal nesta segunda-feira, 7, 19 dias após ser alvo de buscas da Operação Akuanduba - investigação sobre supostos crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando na exportação de madeira do País.
Leia: Alvo de investigações da PF, ministro Ricardo Salles sai de cena
Leia Mais
PGR diz que inquérito dos atos antidemocráticos pode ser 'inócuo' com fim da LSNInvestigado por corrupção, Ricardo Salles entrega celular à PF Luiz Carlos Heinze assume vaga de Ciro Nogueira na CPI da COVIDBrasil cai em ranking de combate à corrupção; relatório cita 'nomeações de Bolsonaro' e 'desmantelamento da Lava Jato'Randolfe sobre carta da Pfizer: 'Brasileiros morreram por omissão'Carta da Pfizer passou por Bolsonaro e por assessora do PlanaltoO movimento de Salles acontece após o ministro Alexandre de Moraes, relator da Akuanduba, dar cinco dias para que a Procuradoria-Geral da República se manifestasse sobre a possibilidade de afastamento e prisão do ministro do Meio Ambiente, solicitada em uma notícia de fato que acusou Salles de suposta obstrução de Justiça por não entregar seu celular à PF no dia em que a ofensiva foi deflagrada, no dia 19 de maio.
" alega que, ao ocultar seu celular e mudar o número de telefone no curso das investigações (conforme noticiado no Jornal Nacional), delas tendo ciência, o noticiado, que como Ministro tem dever legal de cumprir ordens judicias de outros Poderes, incorreu, em tese, em tipos penais e de improbidade administrativa, visando obstruir a aplicação da lei penal e embaraçando a investigação de organização criminosa transnacional. Requer, assim, 'seja decretado o afastamento cautelar do Ministro Ricardo Salles e sua prisão em flagrante, pois continua descumprindo a ordem do STF; subsidiariamente, sua prisão preventiva, por estar ameaçando a colheita de provas e a aplicação da lei penal'. É o breve relato. Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República para manifestação", escreveu Alexandre em despacho assinado nesta sexta-feira, 4.