O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquerito (CPI) da COVID-19 no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), usou as redes sociais, nesta segunda-feira (7/6), para comentar a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu em mãos a carta da Pfizer com oferta de vacinas para o país.
“Documentos divulgados hoje comprovam que o próprio presidente recebeu comunicação da Pfizer e não tomou as providências que a urgência da pandemia pedia”, escreveu Randolfe.
Em vídeo, publicado junto ao post, Randolfe diz que o Brasil já tem elementos suficientes para provar que mais de 80 mil brasileiros morreram por "omissão do governo federal".
Mais cedo, foi notíciado que a carta enviada ao governo brasileiro, em 12 de setembro de 2020, pela farmacêutica Pfizer, chegou até o gabinete do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). É o que apontou um ofício registrado no sistema do Palácio do Planalto.
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O documento foi obtido pelo portal O Antagonista. Até então, havia uma dúvida se as propostas tinham chegado, de fato, ao próprio Bolsonaro.
A carta tratava da oferta de doses de vacina contra a COVID-19 e foi ignorada pelo presidente.
Ainda de acordo com os registros, a diretora de Gestão Interna do Gabinete Pessoal da Presidência, Aida Íris de Oliveira, respondeu o e-mail em 14 de setembro, dois dias depois.
53 e-mails
Documentos divulgados pelo senador Randolfe Rodrigues mostram que a gestão Jair Bolsonaro deixou de responder 53 e-mails da farmacêutica Pfizer enviados para pedir um posicionamento sobre a compra de vacinas.
TCU
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello chegou a alegar que o governo não aceitou a oferta em função do Tribunal de Conta da União (TCU), que, por meio de nota, desmentiu o ex-ministro.
A primeira ida de Pazuello à CPI foi marcada por tantos relatos contraditórios, que ele foi convocado para um segundo depoimento.
Ainda assim, após o segundo depoimento de Pazuello, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD) declarou considerar a realização de uma acareação entre o ex-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo federal Fabio Wajngarten, Eduardo Pazuello e um representante da Pfizer.
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz