Por 16 votos a favor e apenas um contra, o Conselho de Ética decidiu pela cassação do mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de mandar matar o marido. A maioria dos parlamentares do colegiado foi favorável ao parecer do relator, o deputado Alexandre Leite (DEM-SP) e, agora, o caso terá de ser decidido no plenário da Câmara. Flordelis pode ainda recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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Relator no Conselho de Ética da Câmara pede cassação de FlordelisEm depoimento a parlamentares, Flordelis alega injustiça e preconceitoFlordelis alega injustiça e preconceito em depoimento a parlamentaresDeputada Flordelis e mais nove réus irão a júri popular por morte de pastorDocumento do TCU citado por Bolsonaro foi postado às 18h30 de domingoApoiadores de Bolsonaro sorteiam moto para quem for em manifestação em SPO relator considerou que a conduta da parlamentar não é condizente com a de um representante do povo. "As provas coletadas tanto por esse colegiado, quanto no curso do processo criminal, são aptas a demonstrar que a representada tem um modo de vida inclinado para prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo", escreveu Leite.
O deputado não fez considerações sobre o viés penal do caso, mas considerou que ela violou o código dos deputados, principalmente ao se contradizer sobre fatos envolvendo o caso criminal.
A deputada é acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, pastor Anderson do Carmo, assassinado em 16 de junho de 2019 na porta de casa, em Niterói (RJ). Ela nega. O casal havia conquistado notoriedade por ter criado 55 filhos, a maioria adotada.
Ela é ré na Justiça e responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Flordelis não pode ser presa por causa da imunidade parlamentar e tem sido monitorada por tornozeleira eletrônica, desde o ano passado, o que pode mudar caso ela perca o mandato.