O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu afastar o auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques de suas funções. Ele é o autor do “estudo paralelo” apontando que metade das mortes por COVID-19 no país não aconteceram. A tese falsa foi citada pelo presidente Jair Bolsonaro como forma de atacar os governadores.
Bolsonaro diz que os chefes dos executivos estaduais inflaram dados para receber mais dinheiro da União.
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TCU desmente Pazuello e diz que nunca recomendou recusa à vacina da PfizerTCU nega existência de relatório que Bolsonaro citou sobre mortes por COVIDBolsonaro admite que TCU não fez relatório sobre mortes: 'Quem fez fui eu'Corregedoria do TCU quer afastamento cautelar de auditorSegundo integrantes do Tribunal, ele queria incluir no 6º Relatório de Monitoramento sua tese falsa, o que foi barrado pelos colegas de trabalho. Segundo esses profissionais, se o TCU acatasse o “estudo paralelo”, “iria para a lama do negacionismo”.
Dentro do TCU, a visão sobre o “estudo paralelo” é de que é uma peça política, baseada em “uma conta rasa de matemática”, sem qualquer fundamento.
Os auditores que repreenderam Alexandre dizem que ele se mostrou irredutível quando confrontado com a realidade. Sem espaço no TCU para levar adiante o “estudo paralelo”, ele o liberou para os filhos do presidente Bolsonaro.
O TCU abriu processo administrativo para apurar toda a conduta de Alexandre, que é um difusor de notícias falsas nas redes sociais.