O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal denunciou à Justiça o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins. A acusação é de que ele fez um gesto racista durante uma sessão do Senado Federal.
Leia: Assessor de Bolsonaro faz gesto considerado supremacista em audiência
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Em abril de 2020, em sessão no Senado Federal com o chanceler Ernesto Araújo, o assessor especial para assuntos internacionais reproduziu um gesto obsceno e também considerado supremacista.
Durante a fala de introdução do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o assessor fez o sinal que significaria White Power (Poder Branco).
“O significado do gesto é "White Power", "Poder Branco". Os três dedos esticados formam o W. O indicador colado no polegar forma o círculo do P”, explicou o sociólogo Celso Rocha de Barros, em postagem no Twitter.
O gesto com forma arredondada, que também pode ser entendido como um 'OK', foi classificado como 'uma verdadeira expressão da supremacia branca', de acordo com a Liga Antidifamação, organização que monitora crimes de ódio nos Estados Unidos.