O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal denunciou à Justiça o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins. A acusação é de que ele fez um gesto racista durante uma sessão do Senado Federal.
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A denúncia foi apresentada nessa terça-feira (8/6) e divulgada nesta quarta-feira (9/6).
De acordo com o MPF, Martins "agiu de forma intencional e tinha consciência do conteúdo, do significado e da ilicitude do seu gesto". Caso seja condenado, ele pode ser preso, pagar multa mínima de R$ 30 mil e ainda perder o cargo público.
Em abril de 2020, em sessão no Senado Federal com o chanceler Ernesto Araújo, o assessor especial para assuntos internacionais reproduziu um gesto obsceno e também considerado supremacista.
Durante a fala de introdução do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o assessor fez o sinal que significaria White Power (Poder Branco).
“O significado do gesto é "White Power", "Poder Branco". Os três dedos esticados formam o W. O indicador colado no polegar forma o círculo do P”, explicou o sociólogo Celso Rocha de Barros, em postagem no Twitter.
O gesto com forma arredondada, que também pode ser entendido como um 'OK', foi classificado como 'uma verdadeira expressão da supremacia branca', de acordo com a Liga Antidifamação, organização que monitora crimes de ódio nos Estados Unidos.