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Estado de Minas DESCONFIANÇA

Em culto, Bolsonaro volta a questionar a eficácia das vacinas contra COVID

Presidente comparou os imunizantes a medicamentos do chamado 'tratamento precoce', que não têm eficácia comprovada cientificamente contra o novo coronavírus


09/06/2021 22:01 - atualizado 09/06/2021 22:32

Presidente Jair Bolsonaro disse que vacinas contra a COVID-19 não têm eficácia comprovada cientificamente(foto: Evaristo Sá/AFP)
Presidente Jair Bolsonaro disse que vacinas contra a COVID-19 não têm eficácia comprovada cientificamente (foto: Evaristo Sá/AFP)
 
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a questionar a eficácia das vacinas contra o novo coronavírus. Depois de ir a um culto em Anápolis-GO, nesta quarta-feira (9/6), o presidente cumprimentou apoiadores e comparou os imunizantes a medicamentos do chamado "tratamento precoce", que não têm eficácia cientificamente comprovada contra a COVID-19.

“(Remédios do chamado tratamento precoce) não têm comprovação científica. E eu pergunto: a vacina tem comprovação científica ou está em estado experimental ainda? Está (em estado) experimental”, disse.

Com a afirmação, o presidente contradisse vários estudos de eficácia sobre vacinas e ignorou os imunizantes que receberam o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que passaram por análises de segurança, qualidade e eficácia.

Bolsonaro também insistiu que o Brasil tem subnotificação de casos e mortes por COVID-19 ao citar relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU).

“Se retirarmos as possíveis fraudes, teremos em 2020, sim, o país, o Brasil, como aquele com menor número de mortos por milhão de habitantes por causa da COVID-19”, comentou.

O presidente afirmou, nessa segunda-feira (7/6), durante conversa com apoiadores no Palácio do Planalto, que um relatório do TCU mostrava que 50% das mortes por COVID-19 no Brasil em 2020 foram, na verdade, por outras doenças.No mesmo dia, o TCU negou a existência de tal documento.

O caso levou ao afasmento do auditor Alexandre Costa, autor de um estudo paralelo sobre COVID-19, com informações consideradas falsas. 


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