O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a insistir, nesta quinta-feira (10/6), em um superdimensionamento de mortes por COVID-19. Diferentemente das outras vezes, quando falou sem provas, o chefe do Executivo prometeu mostrar os documentos do Tribunal de Contas da União (TCU) na live de mais tarde.
“Vocês vão ver um milagre… se nós somos o país com menor número de mortes por COVID..., por que isso aconteceu? 'Tratamento precoce', ué", explicou o presidente. As declarações de Bolsonaro contrariam as orientações de epidemiologistas e outros especialistas para evitar a disseminação do coronavírus.
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Ainda durante o discurso, Bolsonaro criticou o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. "O primeiro ministro da Saúde, quem lembra? O remédio dele era 'fique em casa'", brincou.
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O “estudo paralelo” do TCU foi citado, pela primeira vez, por Bolsonaro na segunda-feira (7/6) para desqualificar a pandemia do novo coronavírus, que já matou quase 500 mil brasileiros. Na terça (8/6), o presidente assumiu que o “estudo” não pertence oficialmente ao Tribunal de Contas da União.
O evento foi promovido no Palácio do Planalto pelo Ministério do Turismo para apresentar ações visando a desburocratização e atração de investimentos.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.