O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a insistir, nesta quinta-feira (10/6), em um superdimensionamento de mortes por COVID-19. Diferentemente das outras vezes, quando falou sem provas, o chefe do Executivo prometeu mostrar os documentos do Tribunal de Contas da União (TCU) na live de mais tarde.
"Agora vem o milagre, se nós somos poderemos ser o pais com menores números de mortes por COVID... porque isso aconteceu? Tratamento precoce, ué", comenta Bolsonaro sobre projeções, não confirmadas, do TCU de número de mortes por habitantes em decorrência da COVID. pic.twitter.com/pzWc4scUJ3
— Estado de Minas (@em_com) June 10, 2021
“Vocês vão ver um milagre… se nós somos o país com menor número de mortes por COVID..., por que isso aconteceu? 'Tratamento precoce', ué", explicou o presidente. As declarações de Bolsonaro contrariam as orientações de epidemiologistas e outros especialistas para evitar a disseminação do coronavírus.
Segundo Bolsonaro, a maioria dos seus funcionários se tratou com cloroquina e essa seria a razão para as mortes do COVID não serem tão grandes no país. “Quem aqui tomou cloroquina? 90% levantou a mão. A obrigação do chefe de Estado é buscar soluções... Às vezes até errando, mas buscando soluções", explicou o presidente.
Ainda durante o discurso, Bolsonaro criticou o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. "O primeiro ministro da Saúde, quem lembra? O remédio dele era 'fique em casa'", brincou.
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O “estudo paralelo” do TCU foi citado, pela primeira vez, por Bolsonaro na segunda-feira (7/6) para desqualificar a pandemia do novo coronavírus, que já matou quase 500 mil brasileiros. Na terça (8/6), o presidente assumiu que o “estudo” não pertence oficialmente ao Tribunal de Contas da União.
O evento foi promovido no Palácio do Planalto pelo Ministério do Turismo para apresentar ações visando a desburocratização e atração de investimentos.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.