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Estado de Minas TRANSMISSÃO

Bolsonaro insiste em supernotificação de mortes e cita TCU

Presidente apresenta documento que aponta o risco de possível aumento de óbitos pela doença feito por estados para receber mais recursos federais


10/06/2021 20:24 - atualizado 10/06/2021 20:24

Bolsonaro disse que o Brasil teria um número inferior de mortes se não contabilizasse as vidas perdidas por outras comorbidades que evoluíram para a COVID-19(foto: Reprodução/YouTube)
Bolsonaro disse que o Brasil teria um número inferior de mortes se não contabilizasse as vidas perdidas por outras comorbidades que evoluíram para a COVID-19 (foto: Reprodução/YouTube)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar que o Brasil teve supernotificação de mortes por coronavírus. Na transmissão ao vivo desta quinta-feira (10/6), o chefe do Executivo citou um parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), elaborado no ano passado, que apontava o risco de possível aumento de óbitos pela doença feito por estados para receber mais recursos federais. 
 
O tribunal desmentiu o presidente na segunda-feira (7/6), negando a existência de um documento oficial que trate de mortes pela doença. Mesmo assim, Bolsonaro apresentou um relatório de 100 páginas, que ele chamou de "trabalho magnífico" feito pelo TCU.
 
“É um acordão não conclusivo, mas com fortíssimos indícios de supernotificação. Esse critério apresenta o risco de incentivar a indesejável supernotiicação do número de casos da doença visando a maior obtenção de recursos por parte do estado”, disse Bolsonaro. 

“O documento cita que deveria criar mecanismos para que os dados informados pelos gestores estejam coerentes com a realidade para evitar a supernotificação”, completou o presidente, que afirmou que o relatório do TCU é inconclusivo, mas com forte indício de supernotificação de óbitos. 

Sem apresentar fundamento, Bolsonaro disse que o Brasil teria um número inferior de mortes se não contabilizasse as vidas perdidas por outras comorbidades que evoluíram para a COVID-19.
 
“Muita gente tinha várias comorbidades e tinha COVID. E acaba prevalecendo como causa máxima que era a COVID. Talvez para conseguir mais recursos federais. Isso poderia ser patrocinado pelos secretários estaduais de saúde. Se tirássemos esses óbitos, que giram em torno de 50% ou 60%, o Brasil passaria a ter um número de mortes por milhão de habitantes bastante reduzido em relação a outros países”. 

E ele voltou a incentivar o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para o combate à doença: “Qual seria o milagre disso? O tratamento imediato. Feito com aquilo que vocês sabem. Com toda a certeza, o milagre de termos o menor número de óbitos por milhão de habitantes, uma vez que apuramos os números, é o remédio da malária e do piolho. Não tem explicação”.
 


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas

[VIDEO4]

 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 


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