Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Bolsonaro insiste em flexibilizar máscaras: 'Palavra final é de Queiroga'

O presidente Jair Bolsonaro voltou a insistir, nesta sexta-feira (11/6), na flexibilização do uso de máscaras para pessoas já vacinadas ou que já foram infectadas pela COVID-19. Porém, afirmou que a decisão final será do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.





"Ontem (10/6), pedi para o ministro da Saúde fazer um estudo sobre máscara. Quem já foi infectado e quem tomou vacina não precisa usar máscara. Mas quem vai decidir é ele, dar um parecer", apontou.

O mandatário ainda citou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e reclamou que a decisão final sobre o uso de máscaras é de estados, municípios e do Distrito Federal, e não do governo. "Se bem que quem decide na ponta da linha é o governador e o prefeito. Eu não apito nada, né? Segundo o Supremo, quem manda são eles. Mas nada como você estar em paz com a sua consciência", emendou.

Sem controle da transmissão do novo coronavírus, o Brasil vive a iminência de uma terceira onda da pandemia da COVID-19. Nessa quinta-feira (10/6), Bolsonaro afirmou que pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um parecer que desobrigue o uso de máscara por quem já recebeu a vacina ou para quem já foi infectado pelo vírus. A declaração ocorreu durante evento no Palácio do Planalto.





O ministro da Saúde informou que recebeu o pedido do presidente, mas indicou que, para a medida sair do papel, é necessário vacinar a população brasileira. “Queremos que seja o mais rápido possível. Para isso, precisamos vacinar a população brasileira e avançar”.

Com vacinação lenta e um cenário de pandemia considerado de “alto risco” por pesquisadores, o Brasil não está apto para flexibilizar o uso de máscaras, segundo especialistas. Em maio, após países como os Estados Unidos terem autorizado a dispensa do uso de máscaras por vacinados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu cautela aos chefes do Executivo ressaltando que a desobrigação do equipamento pode ocorrer quando não há mais transmissão comunitária da doença, e que não depende unicamente da imunização contra o vírus. Além disso, pessoas vacinadas podem transmitir a doença.

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