O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (14/6) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teve encontro com representantes da Pfizer para pedir antecipação da entrega de doses de vacina para a população. Ele se reuniu virtualmente com o presidente da farmacêutica na América Latina, Carlos Murillo.
Em depoimento à CPI da COVID no Senado, o próprio Murillo afirmou que o Governo Federal havia recusado no segundo semestre de 2020 a oferta de compra de 70 milhões de vacinas. Os imunizantes tinham entrega prevista a partir de dezembro.
A empresa alegou ainda que tinha feito uma série de tratativas para o fornecimento da vacina ao Brasil, até então sem sucesso.
A justificativa do governo federal era de que a Pfizer não se responsabilizava por eventuais efeitos colaterais da vacina.
O Governo firmou dois contratos com a Pfizer, cada um para a compra de 100 milhões de doses. Neste mês, está prevista a entrega de 12 milhões de imunizantes. Além disso, o vínculo prevê mais 8 milhões de doses em julho e 76 milhões em agosto e setembro.
"Um dos assuntos tratados foi exatamente a possibilidade de antecipar as doses inicialmente contratadas. A gente tem o primeiro contrato de 100 milhões de doses cujo cronograma estima até setembro receber a totalidade dessas doses. O que a gente pediu, entre outros assuntos, foi verificar a possibilidade de antecipar ao máximo as doses contratadas dentro deste primeiro contrato", afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.
A partir de outubro, estará em vigência o segundo compromisso, mas o Ministério da Saúde não detalhou quantas vacinas chegarão em cada mês.
No encontro virtual com a Pfizer, Bolsonaro esteve acompanhado dos ministros da Saúde, Marcelo Queiroga; da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos; das Relações Exteriores, Carlos França; além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, almirante Flavio Rocha.