O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel vai comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19, em depoimento previsto para esta quarta-feira (16/6), mesmo protegido por habeas corpus que desobriga a ida à sessão.
A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), vice-presidente da CPI.
A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), vice-presidente da CPI.
Leia Mais
CPI da COVID: Marcellus Campêlo encerra depoimento de sete horasPela primeira vez, Doria diz que quer ser candidato à Presidência em 2022Divergências sobre quebra de sigilo pela CPI devem ser levadas ao plenário do STFAcompanhe, ao vivo, o depoimento de Wilson Witzel na CPI da COVIDIsso porque o requerimento de convocação de Witzel tem como base os fatos já investigados judicialmente, em razão das operações Placebo e Tris in Idem.
Os órgãos apuram suposto recebimento de pagamentos vindos de esquemas ilegais de diversas pastas do governo.
"Assim, a situação do paciente de investigado, afastada sua condição de testemunha para depor perante a CPI da Pandemia, impede a exigência do compromisso de dizer a verdade (CPP, art. 203) e lhe garante, ainda, o direito ao silêncio (CPP, art. 186) e à assistência de advogado (CPP, art. 185, § 5o)", justifica o magistrado.
Nunes Marques acrescentou que a inconstitucionalidade da condução coercitiva de investigados garante ao paciente, no presente caso, escolher comparecer.
Cerco a Bolsonaro
Mesmo recorrendo ao STF, Witzel já indicava que não faltaria à sessão da CPI, prometendo apertar o cerco ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
Desde que foi afastado definitivamente do governo do Rio de Janeiro, em 30 de abril, após sofrer impeachment, Bolsonaro está na mira do político.