O filho 01 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), usou as redes sociais para fazer uma live e atacar o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, a quem chamou de "arregão".
Witzel participou nesta quarta-feira (16/6) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado, mas deixou o local embasado em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
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De acordo com Flávio, que discutiu com o ex-governador na CPI, Witzel é um grande “covarde”. “Ele acabou de prestar um ‘papelão’ aqui na CPI do Senado, não que ela já naturalmente não seja um 'papelão’”, afirmou o senador
O senador também afirmou que a verdadeira intenção da CPI é na verdade “antencipar 2022” e atrapalhar a reeleição de Jair Bolsonaro.
“O que Witzel fez na CPI foi uma vergonha. Ele se mostrou ser um grande covarde. Quando as perguntas começaram a ser feitas de forma séria, questionando sobre o dinheiro que o governo federal enviou para o estado, ele simplesmente levantou e foi embora”, disse o senador.
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Segundo Flávio, o ex-governador do RJ “mentiu tanto na CPI que deu vontade até de rir”. Para ele, a “maior mentira” de Witzel foi quando ele sugeriu que o senador teria pedido apoio para ele para eleger alguns candidatos nas eleições de 2018.
“Quem é do RJ sabe como o Witzel implorava por nosso apoio, corria atrás da gente e tudo mais. Cheguei até a autorizar que ele usasse minha imagem em seu programa eleitoral”, explica Flávio.
Para o filho do presidente, Witzel continua “sendo um grande mentiroso”. “Parace que tudo que ele está passando não serviu para nada. Continua arrogante e sem compromisso com a verdade”, diz.
Flávio comentou também sobre o caso Marielle e afirmou que o porteiro do condomínio de Bolsonaro mentiu para a investigação.
De acordo com Witzel, todo o seu processo de impeachment teve início graças ao andamento das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
Ela e o motorista, Anderson Pedro Gomes, foram assassinados a tiros por disparos de metralhadora 9mm. O sargento reformado da PM Ronie Lessa é acusado como sendo autor dos disparos, e o ex-PM Élcio Queiroz responde por dirigir o carro dos criminosos. Passados 1.190 dias do caso, ainda não se sabe quem mandou matar Marielle.
A vereadora estava combatendo a atuação de milicianos de Rio das Pedras. Segundo o ex-governador do Rio, o fim de seu governo teve início com a prisão dos ex-policiais, em março de 2019.
“Minha família não tem nada a ver com o assasinato da vereadora”, ponderou o senador.
Witzel foi destituído do cargo ao ser condenado, em 30 de abril, pela prática de crimes de responsabilidade. Além disso, o Tribunal Especial Misto (TEM), composto por deputados estaduais e desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio, condenou o ex-juiz federal à inabilitação para exercer funções públicas por cinco anos.