O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal federal (STF), autorizou nesta sexta-feira, 18, a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard. Ele era aguardado ontem na CPI da Covid, mas faltou ao depoimento, o que levou a Justiça Federal a determinar a retenção do passaporte após seu retorno ao Brasil.
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Barroso determina que PF rastreie denúncias de fraudes em urnas eletrônicasJustiça manda PF reter passaporte de Wizard quando empresário voltar ao BrasilVídeo que mostra governador da Bahia dançando forró é de antes da pandemiacpiCOVID"As providências determinadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito, no sentido do comparecimento compulsório do paciente, estão em harmonia com a decisão por mim proferida. Naturalmente, se houver qualquer espécie de abuso na sua execução, poderá o impetrante voltar a peticionar. Mas, por ora, este não é o caso", escreveu.
Wizard é investigado pela comissão parlamentar sob suspeita de integrar e financiar o chamado 'ministério paralelo', que teria aconselhado o presidente Jair Bolsonaro sobre a gestão da pandemia na contramão das orientações do Ministério da Saúde. Depois que foi convocado para prestar depoimento, ele acionou o Supremo Tribunal Federal para ser ouvido por vídeo, mas Barroso disse que a palavra final sobre a modalidade do interrogatório cabe ao Senado Federal. O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, rejeitou o depoimento remoto. A defesa do empresário diz que ele está nos Estados Unidos acompanhando o tratamento de saúde de um familiar.
Depois de não se apresentar aos senadores, a CPI quebrou os sigilos telefônico e telemático do empresário e pediu à Justiça a condução coercitiva e a retenção do passaporte.