Organizadores dos atos contra o governo Bolsonaro esperam definir, até quarta-feira, o modelo e datas de novas manifestações. Após ampliar a adesão aos protestos no último sábado, em relação à manifestação de maio, entidades e partidos da oposição discutem agora se devem ou não intensificar e ampliar a mobilização, inclusive com ações que podem ir além das grandes passeatas.
Três fatores são considerados determinantes nos próximos passos do grupo: o avanço das investigações da CPI da Covid, o recrudescimento da pandemia e a data de entrega de um novo pedido de impeachment - assinado por diversos partidos e movimentos sociais.
Chamado de "superpedido" de impeachment por alguns signatários, o documento deve reunir as acusações de crime que constam nos mais de cem pedidos já protocolados na Câmara contra Bolsonaro.
Advogados ligados à iniciativa dizem que o texto deve ficar pronto nas próximas semanas.
"É uma novidade: no calor das manifestações, se apresenta um pedido unificado (de impeachment)", disse o líder da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim.
Parte dos líderes também sugere ampliar os atos para novos tipos de protesto - o que ainda não é consenso.
"A dúvida é saber se, às vezes, na próxima não é o caso de fazer uma paralisação, uma greve, trancamento de rodovia, intercalando para não ser só atos de sábado na Avenida Paulista", diz João Paulo Rodrigues, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.