O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga encerrou, na manhã desta quarta-feira (23/6), uma entrevista coletiva em Brasília após ser questionado sobre a compra de vacinas contra a COVID-19 produzidas pela empresa indiana Covaxin. O Ministério Público Federal (MPF) investiga se o governo federal se comprometeu a adquirir o imunizante por um preço 1000% superior ao previsto há seis meses.
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Na sequência, Queiroga foi questionado diretamente se o governo compraria a vacina da Covaxin mesmo com o preço suspeito. “Eu falei em que idioma? Eu falei em português. Né, então não foi comprada uma dose sequer da vacina Covaxin, nem da Sputnik”, respondeu o ministro.
Com a resposta dada, o ministro ouviu perguntas sobre a possibilidade de o governo concretizar essa compra em um momento posterior. "Futuro é futuro", afirmou Queiroga, encerrando a entrevista e sem brechas para novos questionamentos.
Também nesta quarta, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que encaminhou, em 20 de março deste ano, a denúncia de possível superfaturamento na compra do imunizante indiano ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante uma reunião. O parlamentar ficou ciente do caso ao conversar com o irmão, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. À época, o ministro da Saúde era Eduardo Pazuello, que deixaria o posto dias depois para que Queiroga o substituísse.