O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (23/6) que a maioria dos manifestantes que participaram de atos contra ele no último dia 19 é "pobre coitado" que o governo "recuperará aos poucos". Sem apresentar provas, o mandatário também afirmou que muitos dos participantes foram pagos para comparecer às manifestações. Declarações ocorreram durante conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
"Pessoal ali, a maioria é pago. Se perguntar o que está fazendo, não sabe. Esse pessoal aí, a gente vai recuperando esse pessoal devagar. A maioria que tem ali são pobres coitados", apontou.
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Além do impeachment do presidente, também foram registrados pedidos de vacinas e de políticas sanitárias no combate à pandemia. Manifestantes de todo o país portavam cartazes com frases contra a desinformação e contra tratamentos comprovadamente ineficazes à doença.
Inicialmente convocadas por centrais sindicais e organizações de movimentos sociais, as manifestações contaram com a participação de artistas, como Chico Buarque, Malu Mader e Paulo Betti, além de políticos, como o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), o ex-candidato à Presidência Guilherme Boulos (PSOL) e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB).