O Presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do Leste de Minas (Assoleste), Romilson Alves (Avante), prefeito de Divino das Laranjeiras, lamentou a decisão do veto do presidente Jair Bolsonaro sobre inclusão dos municípios mineiros na área da Sudene.
“É uma falta de respeito com a nossa região, que durante anos luta por essa inclusão”, disse. Kinka, como é conhecido no meio político, lembrou que sua luta pela inclusão dos municípios do Leste de Minas na área da Sudene começou em 2001, quando era vereador e presidente da Câmara Municipal de Divino das Laranjeiras.
Segundo ele, essa inclusão possibilitaria o acesso a recursos de fundos de desenvolvimento, a linhas de crédito especiais e a incentivos fiscais.
"A Sudene dispõe de recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para projetos de desenvolvimento regional, e isso seria importante para a nossa região", explicou.
"A Sudene dispõe de recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para projetos de desenvolvimento regional, e isso seria importante para a nossa região", explicou.
A secretaria executiva da Assoleste divulgou nota explicando que a associação dedicou grande parte da atuação junto aos municípios associados na defesa do projeto de lei aprovado no Congresso e vetado pelo presidente Bolsonaro.
"O movimento aconteceu através de viagens dos gestores da Assoleste, sob várias presidências e de forma mais acentuada em 2017, quando em Brasília, o então presidente da Assoleste, Dego Reis, acompanhou a votação do projeto na Câmara dos Deputados com boa parte de sua liderança junto.
Rio Doce e Suaçuí
Na Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Doce, o presidente Diogo Scarabelli Junior (PP), prefeito de Resplendor, disse que ficou surpreso com o veto do presidente.
E que até entende as questões que envolvem o parecer do Ministério da Economia, por saber dos cuidados que devem ser tomados pelo administrador público em relação ao orçamento.
E que até entende as questões que envolvem o parecer do Ministério da Economia, por saber dos cuidados que devem ser tomados pelo administrador público em relação ao orçamento.
Mesmo assim, ele lamentou o veto, alegando que grande parte dos municípios associados à Ardoce, inclusive o seu, Resplendor, tem os municípios vizinhos, do Espírito Santo, como concorrentes.
"Esses municípios têm muito mais a oferecer às empresas que buscam incentivos fiscais para fazer novos investimentos", disse, lembrando que a inclusão da sua região na área da Sudene colocaria Resplendor e cidades vizinhas em pé de igualdade com os municípios do Espírito Santo.
Governador Valadares é um dos 24 municípios filiados à Ardoce e, por ser a maior cidade do Leste de Minas, dará, na opinião de Scarabelli, mais peso na luta pela derrubada do veto.
Ele confia na liderança do prefeito de Governador Valadares, André Merlo (PSDB), e dos senadores Rodrigo Pacheco (Democratas) e Carlos Viana (PSD), que, segundo ele, são muito próximos dos prefeitos do Vale do Rio Doce.
Ele confia na liderança do prefeito de Governador Valadares, André Merlo (PSDB), e dos senadores Rodrigo Pacheco (Democratas) e Carlos Viana (PSD), que, segundo ele, são muito próximos dos prefeitos do Vale do Rio Doce.
Na região centro-nordeste de Minas, onde se localiza a Associação dos Municípios da Microrregião da Bacia do Suaçuí (AMBAS), o prefeito de Sabinópolis, Carlos Roberto Barroso Mourão (PT), conhecido com Beto, vê descaso do governo ao vetar o projeto de lei que pode contribuir para o desenvolvimento regional.
“Acho um descaso imperdoável com o sofrido Vale do Rio Doce. Temos IDH comparável às regiões mais pobres do Brasil. Historicamente, sempre fomos negligenciados do ponto de vista econômico. Pela minha visão, um descaso que merece grande articulação de nossas lideranças”, disse.