Novos capítulos terão início na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado Federal, segundo o relator Renan Calheiros (MDB-AL). O senador afirmou, nas redes sociais, que vai enfrentar o ‘negocionismo’, se referindo às negociações de compra da vacina Covaxin.
“A CPI muda de patamar. Até aqui, enfrentamos o negacionismo. Agora, as novas pistas indicam para o 'negocionismo'. Por isso o desespero de Bolsonaro e Onyx Lorenzoni. #CPIdaCovid #CPIdaCovidSalvaVidas”, escreveu Renan no Twitter.
A CPI muda de patamar. Até aqui enfrentamos o negacionismo. Agora as novas pistas indicam para o %u201Cnegocionismo%u201D. Por isso o desespero de Bolsonaro e Onyx Lorenzoni. #CPIdaCovid #CPIdaCovidSalvaVidas
%u2014 Renan Calheiros (@renancalheiros) June 23, 2021
Ele se refere às denúncias sobre um esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, divulgadas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF). Ele e o irmão, Luís Ricardo Fernandes Miranda, que era chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, vão prestar depoimento na CPI nesta sexta-feira (25/6).
Os senadores querem respostas sobre a fala do deputado afirmando ter levado a denúncia sobre um esquema de corrupção envolvendo a compra da Covaxin ao próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Ele se reuniu com o presidente cerca de um mês após o contrato ter sido assinado. Apesar do aviso, o governo seguiu com o negócio em que prevê pagar pelo imunizante um preço 1.000% maior do que o anunciado pela própria fabricante seis meses antes.
Ele se reuniu com o presidente cerca de um mês após o contrato ter sido assinado. Apesar do aviso, o governo seguiu com o negócio em que prevê pagar pelo imunizante um preço 1.000% maior do que o anunciado pela própria fabricante seis meses antes.
Renan também afirmou mais cedo, em entrevista à GloboNews, que deverá convocar o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. “Vamos pedir a convocação dele e, se ele continuar a coagir a testemunha, vamos requisitar a prisão dele”, disse Calheiros.
Onyx se pronunciou nesta quarta-feira (23), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, sobre o assunto. Segundo o ministro, não houve favorecimento, sobrepreço e sequer as vacinas foram compradas.