O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não o atende. Ao Estado de Minas, o chefe do poder Executivo municipal apontou o que chamou de “descortesia” do líder do governo federal ante o chefe de uma das mais importantes capitais brasileiras.
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Citadas por Kalil na resposta, as críticas de Bolsonaro às medidas de combate à COVID-19 tomadas por Belo Horizonte são corriqueiras. No início deste ano, o presidente chegou a classificar como “irresponsabilidade” a imposição de restrições a atividades econômicas.
‘Sinal de fumaça’
Em abril, Kalil alegou que só conseguiria contato com Bolsonaro se recorresse a um “sinal de fumaça”. À época, ele foi questionado pelo EM, durante entrevista coletiva, sobre possíveis diálogos de governadores e prefeitos com o poder Executivo federal.
“Eu sou prefeito de Belo Horizonte. Se o governador de São Paulo não consegue, se o governador do Rio de Janeiro não consegue...Bolsonaro não me recebe, só se for por sinal de fumaça”, disse.
Apesar das dificuldades relatadas, Kalil garantiu, na entrevista, disposição para se encontrar com o presidente. “Se o Bolsonaro vier, ou me convocar, eu vou lá. Se o Lula vier aqui, será muito bem recebido”, falou, citando também o líder petista que deve rivalizar com o presidente em 2022.
Eduardo Bolsonaro fica sem resposta
Cerca de dois meses atrás, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) compartilhou tuíte que listava Kalil como “ditadorzinho”. Em dezembro do ano passado, se referiu ao prefeito belo-horizontino como “projeto de ditador”.
As postagens do filho “03” do presidente, no entanto, não receberam resposta do pessedista.
“Já falei sobre isso. Bobo alegre. Está achando que vou responder deputado? São 579. Então, se cada vez que um deputado falar, eu for responder… Não tenho tempo de ficar brincando no Twitter”, explicou.