O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já sinalizou que pode desembarcar em Belo Horizonte para andar de moto ao lado de apoiadores. Ao Estado de Minas, contudo, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) reforçou os temores sobre as consequências que a eventual manifestação bolsonarista pode proporcionar ao cenário da pandemia de COVID-19 na cidade.
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Apesar de manifestar contrariedade em relação à “motociata”, o prefeito belo-horizontino está disposto a conversar com o presidente. “Se o Bolsonaro vier, ou me convocar, eu vou lá. Se o Lula vier aqui, será muito bem recebido”, falou, citando também o líder petista, que deve rivalizar com o capitão reformado em 2022.
A disposição, porém, não tem se convertido em diálogo. Segundo Kalil, permanece a dificuldade para acessar Bolsonaro, citada por ele em abril, quando afirmou que só conseguiria contato com o líder do governo federal por “sinal de fumaça”.
"Ele não me atende. Ele, outro dia, me citou: ‘Ah, mas você persegue o Kalil’. Ele falou assim: ‘Porque fechou muito a cidade’. Isso não é motivo para virar inimigo. O recebi duas vezes aqui. Em uma delas, ainda chegou ele e toda a turma com fome. Tive que pagar, do meu bolso, pão de queijo para ele aqui", reiterou.
Os passeios de moto do presidente
Quando começou a citar a possibilidade de andar de moto por BH, Bolsonaro previu a manifestação para junho. Após atos no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP), o foco é Santa Catarina: já foram confirmados eventos em Chapecó e Florianópolis.
A motociata em solo chapecoense, aliás, está prevista para ocorrer neste domingo (26/6).