O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta sexta, 25, não saber os motivos pelos quais Ricardo Salles pediu demissão do cargo de ministro do Meio Ambiente, mas o elogiou por acabar com a "sanha de multar no campo".
"Não perguntei a causa (do pedido de demissão). Não é fácil ser ministro, é uma tremenda responsabilidade. O Salles é um dos grandes responsáveis pelo sucesso da agricultura do Brasil. Você não vê mais aquela sanha de multar no campo. A multa existe, tem que ser aplicada, mas não é a primeira arma a ser usada", disse a jornalistas.
O ex-ministro é alvo da operação Akuanduba, da Polícia Federal, que o investiga por facilitar exportação ilegal de madeira para os Estados Unidos e a Europa. Além de Salles, dez gestores do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram afastados.
Bolsonaro também reafirmou o distanciamento entre ele e o vice-presidente Hamilton Mourão, que recentemente se queixou de ser excluído de reuniões do governo. "Não tenho nada a ver com o Mourão. O Mourão tem a vida política dele", disse.
O presidente voltou a reproduzir informação incorreta segundo a qual o senado norte-americano investiga a origem do novo coronavírus. A afirmação baseia-se em vídeo no qual cinco senadores republicanos fazem especulações sobre o assunto e criticam políticas adotadas pelas redes sociais para o combate à publicações com notícias falsas.
Ele atacou novamente jornalistas ao ser perguntado sobre o motivo de o governo não ter comprado vacinas quando teve ofertas da farmacêutica americana Pfizer. "Parem de fazer perguntas idiotas. Onde é que tem vacina para atender todo o mercado aqui ou em qualquer outro lugar do mundo? Nasça de novo. Ridículo", disse aos gritos.
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