Jornal Estado de Minas

CPI DA COVID

Luis Miranda: 'Bolsonaro ainda vai pedir perdão para mim'

Ao chegar para depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda vai lhe pedir perdão. Ele chegou ao Senado utilizando um colete à prova de balas e uma Bíblia na mão. 




 
Leia: Irmãos Miranda prestam depoimento à CPI; veja ao vivo 

“Para quem é contra a corrupção, é muito estranha a atitude dele”, pontuou. “Bolsonaro ainda vai pedir perdão para mim", completou o deputado para jornalistas. 

De acordo com Luis Miranda, o presidente ainda vai perceber que a equipe dele “é muito injusta”.

Miranda ainda prometeu dizer “só a verdade” para a CPI. 
 
 
 
O deputado e o irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, prestam depoimento, nesta sexta-feira (25/6), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19 no Senado. Os dois vão falar sobre as negociações da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

Os dois se tornaram alvo da CPI, após o deputado federal afirmar ter alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre indícios de irregularidades na negociação do Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana.





O deputado é irmão de Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe da Divisão de Importação do Ministério da Saúde.

O servidor disse ter sofrido pressão atípica de superiores e que membros do governo federal articularam junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em favor da vacina.

O parlamentar, por sua vez, colocou-se à disposição da comissão para participar ao lado do irmão, alegando ter mais informações sobre o caso.

No final da tarde de quarta-feira (23/6), Onyx Lorenzoni concedeu uma entrevista coletiva para explicar a denúncia de superfaturamento.
 
Durante a entrevista, o ministro ameçou o deputado Luis Miranda. "Deputado Luis Miranda, Deus tá vendo. Mas você não vai se entender com Deus só, não. Vai se entender com a gente também", afirmou o ministro.
  

audima