O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso decidiu nesta sexta-feira (25/6) suspender a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID.
Barroso atendeu ao pedido feito pela defesa do empresário.
De acordo com os advogados, Wizard confirmou à CPI que retornará ao Brasil e agendou depoimento para 30 de junho. Dessa forma, a medida seria desnecessária.
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CPI da Covid aprova quebra de sigilo de empresas ligadas a Carlos WizardCPI da COVID: o que se sabe sobre o paradeiro do bilionário Carlos WizardCom Pazuello, Wizard disse que missão era 'forrar o Brasil com cloroquina'Aziz dispara contra Bolsonaro na CPI da COVID: ''O presidente prevaricou''O depoimento de Carlos Wizard estava marcado para 17 de junho, mas o empresário não compareceu. A defesa alegou que ele está nos Estados Unidos acompanhando o tratamento de saúde de um parente.
Foi solicitado o depoimento por videoconferência, mas o pedido não foi atendido pela comissão. Os advogados argumentaram ainda que, se Wizard deixar o território americano, não conseguirá voltar por causa das restrições migratórias provocadas pela pandemia de COVID-19.
Passaporte
Diante do impasse, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), solicitou à Justiça o comparecimento compulsório e a retenção do passaporte do empresário.
A juíza federal Marcia Souza de Oliveira, da 1ª Vara Federal em Campinas (SP), autorizou a Polícia Federal (PF) a realizar a diligência, mas o empresário não foi encontrado.
Dessa forma, a magistrada autorizou apenas a retenção do documento após o retorno ao Brasil.
No STF, os advogados de Wizard também afirmaram que ele nunca ocupou cargo público no Ministério da Saúde e não tomou decisões administrativas.
Segundo a defesa, o empresário auxiliou o ex-ministro Eduardo Pazuello, de forma voluntária, por cerca de 20 dias, durante o processo de transição após a saída de Nelson Teich.