O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou neste sábado que deputados do Centrão estão se preparando para deixar a base de apoio do governo de Jair Bolsonaro. Segundo ele, isso foi dito por parlamentares governistas ontem (25/6), mesmo dia em que ele prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid sobre supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.
Leia também: Luis Miranda: Bolsonaro sabia das irregularidades na negociação da Covaxin
"Vários deputados do Centrão falaram que estão se preparando para deixar o barco", disse Miranda neste sábado, durante entrevista. Isso seria uma reação ao escândalo da Covaxin. Miranda evitou, no entanto, citar nomes de deputados que teriam lhe relatado a intenção de deixar a base do governo. "Esta história no Ministério da Saúde é de amplo conhecimento dos deputados", disse.
O deputado federal e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, denunciaram à CPI da Covid supostas irregularidades na compra da vacina. Em depoimento ontem, eles confirmaram ter avisado o presidente Jair Bolsonaro, há três meses, sobre suspeitas de corrupção na compra da Covaxin.
Eles relataram uma "pressão atípica" para acelerar a importação. Bolsonaro teria citado o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo na Câmara, como o parlamentar que queria fazer "rolo" no Ministério da Saúde.
Hoje, Miranda afirmou que "Bolsonaro sabe que estou certo" e que não combateu o governo do presidente. O deputado também relatou que Bolsonaro teria repassado ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello a questão da compra da Covaxin. "Bolsonaro falou que fez (algo sobre Covaxin), que passou para Pazuello", disse. "Bolsonaro pode ter falado com Pazuello ou pode não ter falado", acrescentou.
Questionado sobre a postura do presidente após ter recebido a denúncia, Miranda disse que Bolsonaro "pode não ter feito o dever de casa correto". "Tem muita gente que acha que isso é prevaricação" afirmou, em referência ao crime que ocorre quando um funcionário público - no caso, Bolsonaro - deixa de praticar ato de ofício.
Miranda também procurou se desvincular da base de apoio do presidente da República. "Eu não sou bolsonarista, nem deixei de ser bolsonarista", afirmou. "Não tenho cargos no governo Bolsonaro e as emendas que recebo são do partido", acrescentou, em outro momento.
Durante a entrevista, Miranda também fez uma defesa da estabilidade do funcionalismo público.
Segundo ele, seu irmão somente teve a possibilidade de denunciar as supostas irregularidades porque tem estabilidade. "Servidor público, em vez de ser achacado, tem que ser protegido", disse o parlamentar, para completar: "O governo já demonstrou que não gosta de funcionário público."
Expulsão - O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse neste sábado que pretende encaminhar um ofício ao presidente do DEM, ACM Neto, pedindo a expulsão do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, por ele ter "mentido" no caso envolvendo supostas irregularidades na compra de doses da vacina indiana Covaxin.
"Vou apresentar meu pedido na próxima semana por ele ter atacado diretamente a honra de um dos membros do partido. Não desonrei o partido, pelo contrário, ficou claro que eu falei a verdade", disse o parlamentar. "Ele (Lorenzoni) colocou pessoas para nos atacar, toda a base do Bolsonaro vai nos odiar de graça com uma mentira escancarada", acrescentou.
Em entrevista coletiva, Onyx acusou o deputado de fraudar documentos e mentir sobre o caso da Covaxin.
Luís Miranda destacou que cabe ao presidente do DEM pautar o pedido e a decisão fica a cargo do colegiado. "O partido não precisa de uma pessoa assim, acho que o DEM ganhou muito com parlamentares que combatem a corrupção, mas é péssimo para a imagem do DEM ter um membro que defende o errado", completou. O deputado federal e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, concederam entrevista em Live para o site "O Antagonista.
Leia também: Luis Miranda: Bolsonaro sabia das irregularidades na negociação da Covaxin
"Vários deputados do Centrão falaram que estão se preparando para deixar o barco", disse Miranda neste sábado, durante entrevista. Isso seria uma reação ao escândalo da Covaxin. Miranda evitou, no entanto, citar nomes de deputados que teriam lhe relatado a intenção de deixar a base do governo. "Esta história no Ministério da Saúde é de amplo conhecimento dos deputados", disse.
O deputado federal e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, denunciaram à CPI da Covid supostas irregularidades na compra da vacina. Em depoimento ontem, eles confirmaram ter avisado o presidente Jair Bolsonaro, há três meses, sobre suspeitas de corrupção na compra da Covaxin.
Eles relataram uma "pressão atípica" para acelerar a importação. Bolsonaro teria citado o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo na Câmara, como o parlamentar que queria fazer "rolo" no Ministério da Saúde.
Hoje, Miranda afirmou que "Bolsonaro sabe que estou certo" e que não combateu o governo do presidente. O deputado também relatou que Bolsonaro teria repassado ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello a questão da compra da Covaxin. "Bolsonaro falou que fez (algo sobre Covaxin), que passou para Pazuello", disse. "Bolsonaro pode ter falado com Pazuello ou pode não ter falado", acrescentou.
Questionado sobre a postura do presidente após ter recebido a denúncia, Miranda disse que Bolsonaro "pode não ter feito o dever de casa correto". "Tem muita gente que acha que isso é prevaricação" afirmou, em referência ao crime que ocorre quando um funcionário público - no caso, Bolsonaro - deixa de praticar ato de ofício.
Miranda também procurou se desvincular da base de apoio do presidente da República. "Eu não sou bolsonarista, nem deixei de ser bolsonarista", afirmou. "Não tenho cargos no governo Bolsonaro e as emendas que recebo são do partido", acrescentou, em outro momento.
Durante a entrevista, Miranda também fez uma defesa da estabilidade do funcionalismo público.
Segundo ele, seu irmão somente teve a possibilidade de denunciar as supostas irregularidades porque tem estabilidade. "Servidor público, em vez de ser achacado, tem que ser protegido", disse o parlamentar, para completar: "O governo já demonstrou que não gosta de funcionário público."
Expulsão - O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse neste sábado que pretende encaminhar um ofício ao presidente do DEM, ACM Neto, pedindo a expulsão do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, por ele ter "mentido" no caso envolvendo supostas irregularidades na compra de doses da vacina indiana Covaxin.
"Vou apresentar meu pedido na próxima semana por ele ter atacado diretamente a honra de um dos membros do partido. Não desonrei o partido, pelo contrário, ficou claro que eu falei a verdade", disse o parlamentar. "Ele (Lorenzoni) colocou pessoas para nos atacar, toda a base do Bolsonaro vai nos odiar de graça com uma mentira escancarada", acrescentou.
Em entrevista coletiva, Onyx acusou o deputado de fraudar documentos e mentir sobre o caso da Covaxin.
Luís Miranda destacou que cabe ao presidente do DEM pautar o pedido e a decisão fica a cargo do colegiado. "O partido não precisa de uma pessoa assim, acho que o DEM ganhou muito com parlamentares que combatem a corrupção, mas é péssimo para a imagem do DEM ter um membro que defende o errado", completou. O deputado federal e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, concederam entrevista em Live para o site "O Antagonista.