Durante visitas a municípios do Rio Grande do Norte nesta quinta, 24, Bolsonaro abaixou a máscara de uma criança de colo ao cumprimentar apoiadores e também incentivou uma menina de 10 anos a retirar a sua proteção contra a COVID-19 durante um ato oficial do governo, relatam os parlamentares do PSOL. Ao mencionar os episódios, a bancada do partido na Câmara cita o artigo 232 do ECA, de ‘submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento’.
PSOL vai ao Supremo com notícia-crime enquadrando Bolsonaro no ECA.
— Estado de Minas (@em_com) June 26, 2021
Durante visitas a municípios do RN na quinta, 24/6, Bolsonaro abaixou a máscara de uma criança de colo e também incentivou uma menina de 10 anos a retirar a sua proteção contra a COVID-19https://t.co/fVw0mdJOA6 pic.twitter.com/W2S0Nck29G
Os deputados argumentam que a conduta do presidente afronta todas as determinações da Organização Mundial de Saúde e do próprio Ministério da Saúde, destacando que Bolsonaro colocou em risco diversas pessoas presentes no local, além da saúde pública em geral. "O Presidente da República vem se tornando cada vez mais vocal sobre o não-uso de máscaras", registra a notícia-crime.
Após o episódio envolvendo as crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria divulgou nota de repúdio à conduta de Bolsonaro, defendendo o uso de máscaras e cobrando um ‘exemplo’ do presidente. A entidade ressaltou que a exposição de crianças no caso ‘fere frontalmente’ o ECA e destacou que recomenda fortemente o uso de máscaras por crianças a partir de dois anos de idade.