Jornal Estado de Minas

Sávio Souza Cruz, do MDB, vai relatar a CPI da Cemig na Assembleia de MG

O deputado estadual Sávio Souza Cruz (MDB) será o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A oficialização ocorreu nesta segunda-feira (28/6), na primeira reunião da comissão, conduzida pela Assembleia Legislativa.



O emedebista foi designado para ocupar a relatoria pelo presidente da CPI da Cemig, Cássio Soares (PSD), eleito para o posto também nesta segunda.

 

 


O vice-presidente da comissão será Professor Cleiton, do PSB, primeiro a assinar o requerimento para a investigação de atos na Cemig. 

A comissão de inquérito foi solicitada para apurar atos como a venda das ações que a Cemig mantinha nos quadros sociais das empresas energéticas Light e Renova. 

A intenção de se desfazer de participação na Taesa, outra companhia do ramo, também vai ser debatida. A ideia é saber se as alienações causaram danos aos cofres públicos. 

Supostos conflitos de interesses oriundos de eventuais condutas ilegais de diretores e funcionários da estatal também vão ser investigados

A transferência de atividades administrativas da companhia para São Paulo será debatida. A mudança, na visão de parlamentares, gerou prejuízos a Minas Gerais.





Sávio Souza Cruz foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1999. Entre 2017 e 2018, no governo de Fernando Pimentel (PT), foi secretário de estado de Saúde.

Antes, chefiou a pasta de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. De 1999 a 2000, esteve na Secretaria Estadual de Recursos Humanos e Administração.

Cássio, o presidente, e Sávio, o relator, são independentes em relação ao governo. Professor Cleiton, por sua vez, integra a oposição.
 

Presidente já relata a CPI dos fura-filas

Escolhido para comandar as atividades da CPI da Cemig, Cássio Soares atua, paralelamente, na comissão que apura possíveis irregularidades na aplicação de vacinas  contra COVID-19 em servidores da Secretaria de Saúde do estado. Ele é o relator da chamada CPI dos “fura-filas”.

A CPI tem, ainda, a participação de Zé Reis (Podemos), Zé Guilherme (PP), Beatriz Cerqueira (PT) e Hely Tarquínio (PV). A privatização de empresas estatais como a Cemig é promessa de campanha do governador Romeu Zema (Novo). 





A comissão, que tem poderes de Justiça, pode funcionar por 120 dias. Há possibilidade de prorrogação do funcionamento por outros dois meses. 
 

Resposta

 Em comunicado enviado ao Estado de Minas no fim da tarde desta segunda, a estatal energética afirmou que todas as suas decisões estão "abertas ao escrutínio do Legislativo, assim como a toda a sociedade mineira". Leia o posicionamento na íntegra:
 
"A Cemig reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança e compliance. As decisões de gestão da Companhia estão abertas ao escrutínio do Legislativo, assim como a toda a sociedade mineira.

A empresa reitera o compromisso com a responsabilidade em gerir, com vistas ao equilíbrio econômico e financeiro da companhia e apreço à moralidade.

Todos os procedimentos  adotados  pela atual administração visam preservar não apenas o patrimônio da Cemig, mas também assegurar a constante melhoria da oferta de serviços de energia elétrica com qualidade e segurança aos seus clientes. Essa melhoria passa, inclusive, pelo maior conjunto de investimentos da história da companhia: serão R$ 22,5 bilhões até 2025.

A decisão de averiguar a gestão da Companhia é pertinente à atividade das senhoras deputadas e senhores deputados.

As informações necessárias ao pleno entendimento das decisões da  Cemig  que visem dirimir quaisquer dúvidas quanto aos procedimentos adotados serão disponibilizadas para que os mineiros sigam tendo orgulho da Cemig."
 
 

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