O deputado Sargento Rodrigues (PTB), líder na Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), fez uma moção honrosa durante a sessão da Assembleia Fiscaliza, nesta segunda-feira (28/6), aos policiais responsáveis pela morte do criminoso Lázaro Barbosa.
Enquanto discutia sobre o devido tratamento da Justiça com criminosos, o deputado comemorou a morte de Lázaro e afirmou: “Que Deus dê um bom lugar a ele no inferno”.
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Enquanto Greco defendia o fortalecimento da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) – entidade civil de direito privado, com personalidade jurídica própria, dedicada à recuperação e reintegração social dos condenados a penas privativas de liberdade –, o Sargento Rodrigues refutou.
“Menor infrator, bandido, sendo tratado como anjo”, comentou o deputado, que disse que a população tem que “vivenciar a dor da vítima” para não defender os infratores. “Preso não pode ser tratado com amor”, esbravejou. Rodrigues criticou o que ele chamou de “posição poética sobre os presos”.
O secretário respondeu. “Não me sinto nada poético. Sou filho de policial, meu pai serviu esse estado. Não me sinto poeta de jeito nenhum. Sou autor de 10 legislações que mudaram o sistema penitenciário em Minas Gerais”, respondeu Rogério Greco, que se diz contrário à pena de morte.
Greco defendeu o laudo de cessação de periculosidade (metodologia jurídica aplicada àqueles indivíduos que empreenderam um ato criminoso, mas que, por motivos psíquicos, não podem responder penalmente por si próprio).
“Não há na minha defesa da Apac que vá alguém perigoso pra lá”, disse. “Temos que ter uma rede de atendimento ao adolescente usuário e dependente que está alimentando o crime. É gravíssima essa situação”, afirmou.
Por fim, Sargento Rodrigues voltou atrás e disse que sua fala não era direcionada ao secretário, mas sim uma fala generalizada.