(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CPI DA BHTRANS

Presidente da CPI da BHTrans fala em 'cartel' das empresas de ônibus em BH

Declaração foi dada após depoimento de empresário ligado à Viação Saritur nesta quarta-feira (30/6)


30/06/2021 13:40 - atualizado 30/06/2021 15:47

Gabriel e Bella Gonçalves durante o depoimento de Robson Lessa à CPI da BHTrans(foto: Abraão Bruck/Câmara Municipal de Belo Horizonte)
Gabriel e Bella Gonçalves durante o depoimento de Robson Lessa à CPI da BHTrans (foto: Abraão Bruck/Câmara Municipal de Belo Horizonte)
Empresário ligado à Viação Saritur, uma das concessionárias do sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte, Robson José Lessa Carvalho depôs nesta quarta-feira (30) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Empresa de Transportes e Trânsito de BH (BHTrans), instalada pela Câmara Municipal da capital mineira. Robson Lessa falou aos vereadores na condição de investigado e de forma virtual.

Com o depoimento, de cerca de três horas, os vereadores conseguiram concluir certas questões a respeito da operação do sistema coletivo na capital mineira.

Municiado das posições de Lessa, o presidente da CPI da BHTrans, Gabriel (sem partido), afirmou que o modelo que vigora atualmente é fruto de um cartel realizado em 2008, a partir do processo licitatório que selecionou as empresas que prestam os serviços de ônibus coletivos.

“O contrato de 2008 é um cartel, as empresas agiram em conluio. Esse contrato não pode continuar, as auditorias feitas são fajutas, e os funcionários, servidores da BHTrans, alguns deles, estão agindo de maneira coligada nisso tudo. E o resultado é o pobre de Belo Horizonte dizendo o que vê”, afirmou Gabriel.
 
A posição também é sustendada pela vereadora Bella Gonçalves (Psol). “Uma mesma empresa, pessoa, entidade, realizou o protocolo dos documentos, das planilhas, da escrita do processo, que deveria ser de concorrência, de todas as empresas ganhadoras e perdedoras do consórcio. Isso é uma evidência da formação de cartel e, também, uma evidência de que o contrato de 2008 é um contrato fraudado pelas empresas de ônibus com a conivência de agentes públicos da BHTrans e de outros setores da prefeitura.”

O empresário foi convocado na condição de investigado por conta de uma afirmação feita por Célio Bouzada, ex-presidente da BHTrans. Ele disse que as empresas de ônibus retiraram os agentes de bordo dos ônibus coletivos de BH como forma de retaliação pelo não aumento da tarifa, que atualmente é de R$ 4,50. O fato foi negado por Robson Lessa no depoimento.


“Mais uma vez quero dizer a vocês que já prestei todos os esclarecimentos necessários à Polícia Federal, que é o fórum adequado. Agora, quando você me pergunta: ‘Você furou fila?’. Entendeu, é no mínimo uma pergunta, com todo respeito, que leva ao sensacionalismo. Por que? Furar fila de quê? A suposta vacina, suposta, porque tudo indica que foi um golpe, mas a suposta naquele momento seria a Pfizer. A Pfizer poderia sim naquele momento ser importada e estar no país, não teria nenhum crime. Mas, porém, não estava disponível no mercado brasileiro. Então, furar fila de quê? De algo que não existe? Fila para quê? Fila para você ficar vendo o quê, pegar o quê?”, afirmou Robson Lessa.

Próxima reunião


A CPI da BHTrans volta a se reunir na próxima quarta-feira (7), a partir das 9h30. Roberto José Carvalho, dono da Rodopass Transporte Coletivo, depõe na Câmara de BH. Na semana seguinte, em 14 de julho, às 9h30, Fábio Couto de Araújo Cançado, sócio da Auto Omnibus Nova Suissa, presta depoimento aos vereadores.

Wanderley Porto (Patriota), primeiro signatário do requerimento, Reinaldo Gomes Preto Sacolão (MDB) Gabriel, Professor Claudiney Dulim (Avante), Bella Gonçalves, Braulio Lara (Novo) e Rubão (PP) são os membros titulares da comissão que busca abrir a “caixa preta” da BHTrans.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)