Jornal Estado de Minas

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Zambelli sobre Bolsonaro: 'No dia que o presidente roubar, vou abandoná-lo'

A deputada federal e presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, Carla Zambelli (PSL-SP), disse que abandonaria o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) caso soubesse "que ele roubou". 





Conhecida por ser aliada do presidente da República, a declaração da parlamentar foi dada nesta quarta-feira (30/6) durante entrevista à Rádio Gaúcha. "É impossível em uma hierarquia o comandante supremo saber exatamente tudo. Podem acontecer irregularidades? Pode. Agora, existe uma grande diferença entre dizer: 'o presidente pediu propina'", afirmou.

O servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, e seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmaram à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID que Jair Bolsonaro citou o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), como o parlamentar "no rolo da vacina" da Covaxin.

Na versão de Miranda, o chefe do Executivo demonstrou saber a origem de um suposto esquema de corrupção na compra da vacina indiana ao citar o nome do parlamentar. 

Questionada se a mesma justificativa usada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após suspeitas de corrupção nas investigações do ‘mensalão’ pode ser comparada com o argumento de defesa dos apoiadores de Bolsonaro no caso, Zambelli disse que é preciso avaliar "as proporções". Naquele período, o petista havia alegado que não tinha conhecimento sobre o esquema.

“Na época do mensalão, centenas de deputados recebiam dinheiros que eram pagos e distribuídos diretamente por pessoas do primeiro escalão do governo para os deputados. Estamos falando de centenas de pessoas envolvidas, milhões de reais envolvidos. A proporção (agora) é completamente diferente”, disse.

"No dia que houver propina no governo, as pessoas vão ser investigadas e condenadas. Não tenho dúvida nenhuma disso”, completou a deputada.





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