O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), fez parte da coletiva de imprensa sobre o superpedido de impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido) protocolado na tarde desta quarta-feira (30/6), na Câmara dos Deputados. O pedido afirma que o presidente cometeu pelo menos 21 crimes descritos na Lei nº 1.079/1950 (Lei do Impeachment).
Kim foi um dos principais articuladores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Antes da pandemia de COVID-19, ele era apoiador de Bolsonaro e durante as eleições de 2018 fez campanha para o presidente.
Durante a coletiva, Kim Kataguiri afirmou que não estaria ao lado da esquerda em um palanque se a democracia estivesse em “condições normais”, porém, recusar-se a participar representaria mesquinhez.
“Eleitoralmente, estaremos muito em breve em campos distintos”, disse Kataguiri.
“Mas como seria a minha pequenez se eu me negasse a fazer parte e a continuar com o ideal de derrubar um dos presidentes da República mais criminosos da história do país, em razão de picuinha ideológica?”, completou.
“Mas como seria a minha pequenez se eu me negasse a fazer parte e a continuar com o ideal de derrubar um dos presidentes da República mais criminosos da história do país, em razão de picuinha ideológica?”, completou.
Após ser atacado nas redes depois do pronunciamento, Kim usou o Twitter para responder aos apoiadores de Bolsonaro. "Aos bolsonaristas de plantão: não se preocupem, não sou como vocês. Me juntei para aprovar o impeachment do seu chefe, não para votar PEC da impunidade como seus deputados favoritos", escreveu.
Aos bolsonaristas de plantão: não se preocupem, não sou como vocês. Me juntei para aprovar o impeachment do seu chefe, não para votar PEC da impunidade como seus depugados favoritos.#SuperpedidodeImpeachment
%u2014 Kim Kataguiri %uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7 (@KimKataguiri) June 30, 2021
Entenda
O superpedido de impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido) protocolado na tarde desta quarta-feira (30/6), na Câmara dos Deputados, afirma que o presidente cometeu pelo menos 21 crimes descritos na Lei nº 1.079/1950 (Lei do Impeachment).
Até o momento, foram protocoladas 122 denúncias de prática de crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente – desses, seis pedidos foram arquivados.
O pedido desta quarta-feira reúne partidos e parlamentares de amplas orientações políticas, da esquerda à direita, lideranças sociais, coletivos e movimentos populares, além de pessoas físicas.