Após o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) falar em "puxar a capivara" das informações tributárias de Carlos Wizard, a defesa do empresário afirmou que entregará "espontaneamente" à CPI da Covid os dados de sigilo bancário e fiscal dele. As quebras dos sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico de Wizard foram aprovadas pela CPI no último dia 16.
A defesa do empresário, investigado pela comissão, chegou a recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o levantamento dos dados telefônico e telemático, mas o pedido foi negado pela ministra Rosa Weber. Na ocasião, a ministra disse não ver desproporcionalidade na quebra dos sigilos do empresário, ressaltando que a medida tem 'pertinência temática' com a CPI da Covid e está amparada em 'indícios mínimos' de que Wizard 'teria concorrido diretamente para utilização de medicamento sem comprovação científica de eficácia e, por via de consequência, influenciado no agravamento da pandemia'.
A informação sobre a entrega "espontânea" dos dados foi comunicada à comissão pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), enquanto presidia temporariamente o colegiado. "O advogado informa que o sigilo bancário e fiscal será entregue espontaneamente a essa CPI", disse após a provocação de Kajuru.
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