A Polícia Federal abriu, nesta quarta-feira (30/06), uma investigação criminal sobre as negociações para aquisição da vacina contra COVID-19 Covaxin, produzida na Ìndia.
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O diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, atendeu ao pedido do ministro da Justiça, Anderson Torres, e enviou a apuração para o Serviço de Inquérito Especiais (Sinq), setor que geralmente cuida de inquéritos direcionados ao Tribunais Superiores.
As negociações viraram alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19 no Senado. Em seguida, o Ministério Público também passou a investigar as ações.
A ação começou depois que o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, prestaram depoimento, na sexta-feira (25/6), à CPI no Senado.
Os dois se tornaram alvo da comissão, após o deputado federal afirmar ter alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre indícios de irregularidades na negociação do Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana.
Durante depoimento, Luis Miranda disse que o presidente citou o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), como provável parlamentar "no rolo da vacina" da Covaxin.
O deputado é irmão de Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe da Divisão de Importação do Ministério da Saúde. O servidor disse ter sofrido pressão atípica de superiores e que membros do governo federal articularam junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em favor da vacina.