A senadora Simone Tebet (MDB-MS) avaliou a situação do governo Bolsonaro diante das revelações feitas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID. Ela participou do programa Manhattan Connection nesta quarta-feira (30/6) para falar sobre as investigações no Senado Federal.
Tebet, que é líder da bancada feminina no Senado, não estaria ocupando espaço na CPI, já que nenhuma senadora foi escolhida para integrar o colegiado. No entanto, a participação das mulheres foi acordada entre os parlamentares e tem ganhado destaque.
Na última sexta-feira (25/6), foi a senadora que conseguiu arrancar a confissão do deputado Luis Miranda (DEM-DF) de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) citou o nome do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ao ouvir denúncias de irregularidades na compra da vacina Covaxin.
No programa, ela avaliou os estragos que a CPI tem feito no governo Bolsonaro com as revelações. Após a divulgação dos esquemas de propina nas negociações da vacina, ela acredita que os resultados da comissão estão enfraquecendo o governo popularmente e no exercício do mandato até 2022.
“Os ferimentos são gravíssimos, a depender dos resultados da CPI, do que vamos investigar daqui para frente, e eu estou dizendo num curtíssimo espaço de tempo, estou falando de uns 30 dias, pode ser fatal. Hoje eu diria que o governo se encontra na UTI”, apontou a senadora.
Para ela, são vários os ferimentos do governo neste momento: “Estou dizendo sobre dois aspectos: o eleitoral, da avaliação não só da sua gestão hoje como o reflexo em 2022, mas também no exercício do seu mandato e o que pode acontecer até agora”, disse.
Simone ainda fez duras críticas ao governo. “Hoje está na UTI, joga na defensiva. É um governo que depois de sexta-feira se recolheu. Você não vê mais o presidente vindo a público e falar os impropérios que falava e agora minimamente se defender”, afirmou.