A comissão foi instalada em 26 de maio para investigar a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). No programa, o apresentador, Lucas Mendes, exibiu uma reportagem do Estado de Minas: “'Não entrega merda nenhuma', diz vereador a ex-presidente da BHTrans”.
Ele questionou o prefeito se esta CPI “vai dar em pizza ou em merda”. Kalil afirmou que a comissão está investigando um assunto de 2008 e se causar consequências, vai ser para a antiga gestão.
“Eles estão discutindo um contrato de 2008. Não só eu, como meu antecessor [Marcio Lacerda], pegamos e pronto. Então se der merda, vai dar lá em 2008”, disse. Na época, o prefeito de BH era Fernando Pimentel (PT), que se reelegeu para o cargo em 2004.
“Eu conversei com o Gabriel [Azevedo, presidente da CPI] o seguinte: tem culpado? Tem sacanagem? Tem bandido? Prende!”, acrescentou.
Wanderley Porto (Patriota), primeiro signatário do requerimento, Reinaldo Gomes Preto Sacolão (MDB) Gabriel, Professor Claudiney Dulim (Avante), Bella Gonçalves, Braulio Lara (Novo) e Rubão (PP) são os membros titulares da comissão que busca abrir a “caixa preta” da BHTrans.
Vilarinho
Além da CPI da BHTrans, Kalil também falou sobre a verba para as obras na Avenida Vilarinho. Ele repetiu o que havia dito em entrevista exclusiva ao Estado de Minas no dia 23/6, quando chamou a rejeição ao texto de “crime”.
12 vereadores barraram o projeto de lei para a concessão de um empréstimo de US$ 167 milhões - R$ 907 milhões à época do veto, em março. O poder Executivo esperava utilizar o dinheiro para urbanizar ocupações e conter enchentes na Bacia do Ribeirão Isidoro e na região da Avenida Vilarinho, no Vetor Norte da cidade.
No programa, o prefeito chamou os vereadores de BH de 'desumanos' por barrerem o projeto. "Quando os políticos, por 'politicagem', negaram um empréstimo para a prefeitura de Belo Horizonte, sendo o empréstimo mais barato do mundo, que é o do Bird [Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento] por política. Enquanto esses desumanos tiverem algum poder, nós não vamos acabar com a pobreza", lamentou Kalil.