O policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira afirmou nesta quinta-feira, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, que se reuniu com o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, para negociar a venda de vacinas pela empresa Davati Medical Supply. A negociação é investigada pela CPI após Dominguetti ter dito que recebeu um pedido de propina do ex-diretor de Logística em Saúde da pasta Roberto Ferreira Dias, exonerado ontem do cargo.
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Dominguetti tenta rebater, na CPI, suspeitas em oferta de vacina ao Brasil'Intenção é tirar crédito de testemunhas', diz Miranda sobre DominguettiDominguetti diz ter pedido apoio a coronel da PM após suposta proposta de propinaRenan e Marcos Rogério batem boca na CPI da COVID: 'Tumultuador'O encontro teria ocorrido no ministério após a conversa com Roberto Dias. Na reunião com o número 2 da pasta, o vendedor da Davati disse que mencionou que a proposta de venda já havia sido feita a ao diretor de Logística em Saúde. "Houve uma troca de olhares, ele (Elcio) abaixou a cabeça, solenemente saiu e pediu para que dois estagiários pegassem nossos nomes e que ele entraria em contato, ele iria validar a proposta da Davati."
Dominguetti declarou ter recebido o pedido de propina no dia 25 de janeiro por Roberto Ferreira Dias durante um jantar no restaurante Vasto, em Brasília. A conta, de acordo com o depoente, foi paga em dinheiro por Roberto Dias. Além de Elcio Franco e Roberto Dias, as conversas também foram feitas com o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Lauricio Monteiro Cruz. O vendedor negou que conheça o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressista-PR). O deputado se tornou alvo na CPI ao ser citado nas negociações para compra de vacina.