A manifestação contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), tomou as ruas da Região Centro-Sul de Belo Horizonte, na tarde deste sábado (3/7). Com concentração iniciada às 14h, na Praça da Liberdade, o protesto desce a Avenida João Pinheiro em direção à Praça da Estação. Os atos deste sábado receberam o nome de "3JForaBolsonaro".
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“Queremos fortalecer a manifestação a favor do impeachment do presidente Bolsonaro. Sabemos que nos protestos na época da Dilma, os bonecos do tipo, chamados de pixulecos, ficaram famosos e pensamos então, em chamar atenção para a pauta dessa forma”, afirmou Lucas Paulino, do Movimento Acredito.
Questionado sobre o nome do boneco, apelidado de “Capitão Cloroquino”, Lucas explicou que a intenção é fazer uma sátira com o presidente que, desde o início da pandemia, vem "apostando em remédios sem eficácia contra a COVID”.
Histórico
O boneco gigante já visitou outras duas capitais brasileiras: Brasília e São Paulo. A estreia foi feita na Praça dos Três Poderes, em Brasília, mas sofreu repressão policial e precisou ser retirado.
O Capitão Cloroquino foi inflado no dia do depoimento da secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, que ficou conhecida como “capitã cloroquina”, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, em 25 de maio.
Em seguida, o boneco partiu para São Paulo e enfeitou as manifestações anti-Bolsonaro e pró-vacinas que ocorreram no último dia 29.
Os protestos
As manifestações contra o governo Bolsonaro são realizadas neste sábado (3/7) em todas as regiões do Brasil - e até fora do País. O protesto é organizado pelas entidades estudantis, UNE (União Nacional dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e ANPG (Associação Nacional Pós Graduação) e outros movimentos sociais.
Os atos são fortalecidos pelo super pedido de impeachment, protocolado na última quarta-feira (30/06), sobretudo em relação às denúncias de corrupção no governo na compra de vacinas.
Pressão para impeachment
Durante os discursos ao longo do ato, os organizadores disseram que mais de 100 mil pessoas participavam da passeata em BH.
Laura Costa, líder do Movimento ‘Acredito’ em Minas Gerais, acredita que o movimento deste sábado teve maior adesão que o último, feito em 29 de maio.
“É difícil estimar a quantidade de pessoas, mas alguns movimentos estimaram que 100 mil pessoas iriam participar. Com certeza o ato está maior do que o último em BH. Acredito que está ganhando pressão pelo super pedido de impeachment do Bolsonaro, por causa desse aumento da possibilidade da saída dele do governo”, afirmou.
A passeata que desceu a Avenida João Pinheiro com direção à Praça da Estação tem como discurso: comida no prato, vacina no braço e fora Bolsonaro. Outros gritos são de “Bolsonaro genocina”, “Bolsonaro vai cair”, além da tônica da corrupção.
Além disso, a PBH ainda afirmou que todo esse trabalho também é acompanhado pelas equipes e pelas câmeras do Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH).
Controle do trânsito
Durante o protesto, alguns manifestantes reclamaram que a passeata não tinha apoio da BHTrans ou Guarda Municipal no controle do trânsito. A reportagem do Estado de Minas inclusive presenciou um carro acelerando que dispersou a passeata, enquanto descia a Avenida João Pinheiro, em três grandes blocos.
Por outro lado, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que agentes da BHTrans, da Guarda Municipal, além da Polícia Militar estiveram atuando nos fechamentos operacionais nas vias e acompanhando o andamento dos manifestantes.
Além disso, a PBH ainda afirmou que todo esse trabalho também é acompanhado pelas equipes e pelas câmeras do Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH).
*Sob supervisão do subeditor Thiago Ricci