A ONG Repórteres sem Fronteiras divulgou nessa segunda-feira (5/7) a edição de 2021 da galeria “predadores da liberdade de imprensa”. Na lista, são citados aqueles que "impõem repressão massiva por meio da censura”. O presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) foi citado, assim como o líder venezuelano, Nicolás Maduro.
A última lista havia sido divulgada em 2016. De acordo com a ONG, alguns nomes estão ativos há mais de duas décadas, entre eles, o presidente sírio Bashar al Assad e o presidente russo Vladimir Putin.
Além de Bolsonaro e Maduro, dois líderes políticos latino-americanos foram citados. Eles são Daniel Ortega, da Nicarágua, e Miguel Díaz-Canel, de Cuba.
Duas mulheres aparecem na lista, algo inédito: Carrie Lam, presidente-executiva da Região Administrativa Especial de Hong Kong, e a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina.
Também é a primeira vez que o primeiro-ministro de um país da União Europeia é citado: o húngaro Viktor Orban está no ranking de 'predadores'.
O presidente brasileiro
Além de apresentar os nomes, a ONG também compartilha o motivo de os líderes serem citados na lista. No caso do presidente brasileiro, a edição descreve que Bolsonaro usa "insulto, humilhação e ameaças vulgares como modo de predação".
“Sua marca registrada? Insultar, estigmatizar e humilhar jornalistas muito críticos. Para ele, a imprensa 'é inútil' e não passa de 'rumores e mentiras constantes'", descreve a ONG.
Além disso, a ONG cita as redes sociais como maior trunfo da ala bolsonarista. “Nas redes sociais, exércitos de apoiadores e robôs retransmitem e amplificam os ataques que visam desacreditar a imprensa, apresentada como inimiga do Estado”, explicam.