Um dia antes de assinar uma nota com fortes críticas contra o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão Parlamentar (CPI) da COVID-19, os comandantes das Forças Armadas participaram de uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro. Sem alarde, o encontro foi realizado na terça-feira (6/7) e foi palco definitivo para definir o alinhamento político dos militares com o governo.
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Otto Alencar defende Aziz; Nilto Tatto sugere que militares se afastem do governoGoverno exonera diretor da Saúde envolvido em suposto esquema de compra de vacinaCPI da COVID: acompanhe, ao vivo, o depoimento da ex-coordenadora do PNISimone Tebet para Carlos Bolsonaro: 'Não difunda desinformação'Além de ministros como Braga Netto, da Defesa, André Mendonça, advogado-geral da União e Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, estavam sob a mesa o comandante do Exército, general Paulo Sérgio, da Marinha, Almir Santos, e da Força Aérea, Carlos Baptista Júnior, além de integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Imagens reproduzidas na reunião criticaram os protestos e ressaltaram a presença de símbolos comunistas nos atos. O texto descrito pelo narrador fazia referência a uma suposta tentativa de instalar o comunismo no país, remetendo a alegações usadas para instaurar o golpe militar de 1964.
Um dos vídeos é de um militante bolsonarista que se infiltrou nas manifestações que ocorreram na Avenida Paulista. Se dizendo ex-militante da União da Juventude Socialista (UJS), o homem filmou os protestos, bandeiras de partidos e acusou os participantes de vestirem verde e amarelo e portarem a Bandeira do Brasil para descaracterizar símbolos usados em atos pró-Bolsonaro.
Em uma das fotos publicadas pelo Planalto em sua conta no Flicker,aplicativo de fotos, é possível ver trechos do vídeo sendo reproduzido no telão, enquanto os ministros olham fixamente para a imagem, e parecem preocupados com o que estão vendo. De acordo com fontes no governo, a reunião ministerial foi precedida de encontros menores e conversas particulares com o presidente.