A ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Franciele Fantinato afirmou não concordar com a ideia da "imunidade de rebanho". A depoente enfatizou sua recusa na teoria de que seria possível alcançar a imunidade contra COVID-19 através da infecção de pessoas, e, sobre o governo ter chancelado esse tipo de ideia, Franciele se limitou a dizer que este tipo de discussão era da competência de sua área técnica.
Leia Mais
CPI: Franciele diz que Ministério faz politização da vacinaçãoFrancieli: nota técnica de junho/2020 informava necessidade de cobertura vacinalBolsonaro: 'Ou fazemos eleições limpas no Brasil, ou não teremos eleições'Randolfe e Aziz sobre Bolsonaro: 'Genocida?' e 'Rachadinha?'Otto Alencar defende Aziz: 'Sempre respeitou as Forças Armadas'Francieli diz que nenhuma bula das vacinas é contraindicada a gestantesAziz desafia Bolsonaro: 'Diga que Luis Miranda está mentindo'Parlamentares da CPI investigam a possibilidade de o poder Executivo ter incentivado, de forma deliberada, a contaminação de pessoas para que fosse possível se alcançar uma imunidade através da infecção contra a doença. "Eu não concordo com a imunidade por infecção natural. Nós tínhamos uma doença que nós não sabíamos qual era o nível de gravidade dela, então, tendo uma vacina, é a melhor forma pra gente conseguir trabalhar", afirmou.
Francieli também voltou a comentar sobre a opção do governo federal de ingressar no instrumento Covax Facility com a cota mínima de participação, optando por receber somente 10% de vacinas para a população brasileira, cerca de 42 milhões de doses de vacinas. Francielli afirmou que questionou a decisão ao Secretário Executivo do Ministério da Saúde, e lhe foi respondido que não se podia "investir todos os ovos na mesma cesta". Sobre as manifestações do presidente Jair Bolsonaro contra a vacina Coronavac, a ex-coordenadora afirmou que o imunizante é uma vacina que serve sim para o PNI