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Estado de Minas POLÍTICA

CPI: Francieli diz que não concorda com teoria da 'imunidade de rebanho'

Parlamentares da CPI investigam a possibilidade de o poder Executivo ter incentivado, de forma deliberada, a contaminação de pessoas para que fosse possível se alcançar uma imunidade através da infecção contra a doença


08/07/2021 14:00 - atualizado 08/07/2021 14:21

Ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato(foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato (foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
A ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Franciele Fantinato afirmou não concordar com a ideia da "imunidade de rebanho". A depoente enfatizou sua recusa na teoria de que seria possível alcançar a imunidade contra COVID-19 através da infecção de pessoas, e, sobre o governo ter chancelado esse tipo de ideia, Franciele se limitou a dizer que este tipo de discussão era da competência de sua área técnica.

"Qualquer posicionamento contrário a vacinação não vai ser aprovado por um Programa Nacional de Imunização sob minha coordenação, mas eu não gostaria de me manifestar sobre o tema, porque não é da minha área técnica", declarou Francieli, que presta nesta quinta-feira (8) depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A ex-coordenadora também usou sua fala para incentivar a vacinação contra a doença.

Parlamentares da CPI investigam a possibilidade de o poder Executivo ter incentivado, de forma deliberada, a contaminação de pessoas para que fosse possível se alcançar uma imunidade através da infecção contra a doença. "Eu não concordo com a imunidade por infecção natural. Nós tínhamos uma doença que nós não sabíamos qual era o nível de gravidade dela, então, tendo uma vacina, é a melhor forma pra gente conseguir trabalhar", afirmou.

Francieli também voltou a comentar sobre a opção do governo federal de ingressar no instrumento Covax Facility com a cota mínima de participação, optando por receber somente 10% de vacinas para a população brasileira, cerca de 42 milhões de doses de vacinas. Francielli afirmou que questionou a decisão ao Secretário Executivo do Ministério da Saúde, e lhe foi respondido que não se podia "investir todos os ovos na mesma cesta". Sobre as manifestações do presidente Jair Bolsonaro contra a vacina Coronavac, a ex-coordenadora afirmou que o imunizante é uma vacina que serve sim para o PNI


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