Nesta quinta-feira (8/7), membros da CPI da COVID protocolaram uma carta, no Palácio do Planalto, para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) responda às acusações feitas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) sobre suspeitas de corrupção na aquisição da vacina Covaxin. Horas depois, Bolsonaro, em transmissão ao vivo por meio de uma rede social, disse que está “cagando para a CPI”.
Bolsonaro voltou a atacar a comissão do Senado Federal, sobretudo o presidente, senador Omar Aziz (PSD-AM), e os outros membros, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é o relator, e o vice-presidente, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O presidente da República chamou os parlamentares de “patifes” e disse que não vai responder à carta.
“Hoje fizeram uma festa, entregaram um documento lá embaixo. Vou responder a pergunta à CPI. Sabe qual é a minha resposta? Caguei. Caguei para a CPI. Não vou responder nada. É uma CPI que não está preocupada com a verdade”, disparou Bolsonaro.
O presidente também atribuiu o aumento no combustível sofrido esta semana à CPI da COVID. Para ele, quando os trabalhos na comissão ganham repercussão, a bolsa acaba sofrendo alterações, que interferem no preço do petróleo.
“Que resposta posso ter para a CPI que não quer colaborar com nada, apenas desgastar o meu governo? Criar um caos. Quando, de vez em quando, tem uma certa reverberação, mexem na bolsa, faz aumentar o preço do petróleo, aumenta o preço do combustível, pois o preço do petróleo é atrelado ao preço do barril lá fora, o dólar aqui dentro. Não tenho paciência para ouvir patifes”, concluiu.